quinta-feira, abril 24, 2008

Vinho que não é vinho?

Desde 2003 que investigadores portugueses do Instituto Superior Técnico e do Instituto Superior de Agronomia estão a desenvolver uma investigação destinada a obter uma bebida vínica elaborada a partir do vinho, mas com menos teor alcoólico (Segundo a lei portuguesa só é considerada vinho a bebida fermentada a partir de uvas com teor alcoólico superior a oito graus).

A intenção é obter uma bebida de qualidade, menos tóxica, com menos calorias e mais leve e refrescante do que o vinho sem desvirtuar as características essenciais daquele: aroma, cor e sabor.

O processo físico utilizado é a nanofiltração, em que o vinho é pressionado a alta carga de muitas atmosferas contra uma membrana polimérica própria para produtos alimentares, com poros de diâmetro na ordem do nanómetro (inferior a um milionésimo de milímetro). Em consequência da pressão e da dimensão dos poros do polímero, a membrana deixa passar apenas as moléculas mais simples e mais pequenas do vinho (as de água e de álcool).

No momento em que, devido ao aquecimento global do planeta e à melhoria das técnicas vitivinícolas, o teor alcoólico dos vinhos portugueses tem vindo a aumentar, será esta a alternativa para quem procura bebidas mais leves e menos alcoólicas e para a conquista de novos consumidores?

1 comentário:

Anónimo disse...

A resposta à pergunta formulada no último parágrafo é NAO. Esse sucedânio de vinho será apenas isso, ou seja uma bebida diferente que nada terá que ver com o vinho, como pode ser a cerveja ou o nectar de pessego.