Desde 2003 que investigadores portugueses do Instituto Superior Técnico e do Instituto Superior de Agronomia estão a desenvolver uma investigação destinada a obter uma bebida vínica elaborada a partir do vinho, mas com menos teor alcoólico (Segundo a lei portuguesa só é considerada vinho a bebida fermentada a partir de uvas com teor alcoólico superior a oito graus).
A intenção é obter uma bebida de qualidade, menos tóxica, com menos calorias e mais leve e refrescante do que o vinho sem desvirtuar as características essenciais daquele: aroma, cor e sabor.
O processo físico utilizado é a nanofiltração, em que o vinho é pressionado a alta carga de muitas atmosferas contra uma membrana polimérica própria para produtos alimentares, com poros de diâmetro na ordem do nanómetro (inferior a um milionésimo de milímetro). Em consequência da pressão e da dimensão dos poros do polímero, a membrana deixa passar apenas as moléculas mais simples e mais pequenas do vinho (as de água e de álcool).
No momento em que, devido ao aquecimento global do planeta e à melhoria das técnicas vitivinícolas, o teor alcoólico dos vinhos portugueses tem vindo a aumentar, será esta a alternativa para quem procura bebidas mais leves e menos alcoólicas e para a conquista de novos consumidores?
1 comentário:
A resposta à pergunta formulada no último parágrafo é NAO. Esse sucedânio de vinho será apenas isso, ou seja uma bebida diferente que nada terá que ver com o vinho, como pode ser a cerveja ou o nectar de pessego.
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