quarta-feira, março 22, 2006

Rolha Cortiça Vs. Vedantes Sintéticos


"A Micro-oxigenação pela rolha

Alguns defensores da rolha de cortiça têm utilizado um argumento de peso na sua "guerra" contra os vedantes sintéticos. Trata-se da alegada faculdade da cortiça de permitir microtrocas gasosas entre o vinho engarrafado e o exterior, o que garantiria uma evolução dos vinhos em condições excepcionais ao longo de muitos anos. Uma faculdade que os vedantes sintéticos não têm, por garantirem uma estanquicidade absoluta. Já havia quem duvidasse dessa microporosidade da cortiça. O crítico de vinhos João Paulo Martins estranha que essa alegada qualidade da rolha natural fosse eliminada em muitas garrafas seladas com lacre, substância, substância que garante uma vedação absoluta. O produtor Luís Pato dessa função da rolha, lembrando que muitos vinhos melhoram " se forem decantados, oxigenados". Mas a última machadada foi dada pelo próprio Centro Tecnológico da Cortiça, de Santa Maria da Feira, pela voz da sua directora-geral, Alzira Quintanilha. Citada pela Revista dos Vinhos, a técnica assegurou que "uma rolha normal e sem defeitos é estanque ao ar", isto é, "não permite trocas gasosas com o exterior."
in "Público"-12 de Março 2006

1 comentário:

Anónimo disse...

A questão da rolha de cortiça está, como quase tudo em Portugal, atrasada e mal colocada. As corticeiras, nomeadamnete a gigante Amorim, com a melhor e mais vasta clientela dos produtores de vinho do MUNDO INTEIRO, teve quase meio século para investir nos vedandes sintéticos e produzi-los AQUI EM PORTUGAL. Seria essa a forma de proteger A NOSSA CORTIÇA. Estaría-mos hoje a vender o sintético para os vinhos comuns e a cortiça ( de alta qualidade) para os vinhos diferenciados. Ao preferirem inundar o mundo com má cortiça abriram as portas aqueles que em 2025 irão vedar mais de metade dos vinhos em produção no mundo inteiro. A cortiça, com excepção do champagne, será em 2050 algo raro para vedar vinhos de garagem.